Kubuntu 8.04: primeiras impressões

abril 27, 2008

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Neste fim de semana eu atualizei o Linux do meu desktop em casa, instalando o Kubuntu 8.04 (Hardy Heron). Inicialmente eu instalei a versão com o KDE 4, pois já é a versão 4.0.3, e imaginei que já poderia usar tranqüilamente.

De mais chato, encontrei apenas um problema para instalar extensões do Firefox. Nenhuma extensão estava sendo instalada com sucesso, devido a um problema com o Extension Manager do Firefox. Pelo que pude ver, o problema é específico do pacote do Firefox que veio com o Kubuntu, pois ele estava configurado para utilizar um diretório de extensões incorreto. Eu consegui resolver o problema baixando o Firefox do site oficial e instalando-o por fora do gerenciador de pacotes.

O que me incomodou mais não foi nem isso, foram questões referentes ao KDE 4 em si. Pelo que pude ler depois, o pessoal do KDE não está recomendando ainda esta versão 4.0.x para os usuários em massa. Eles estão recomendando esperar pela versão 4.1.

O motivo por trás disso eu pude constatar. Diversas funcionalidades básicas de configuração que existem no KDE 3 simplesmente não foram implementadas no KDE 4 ainda. Por exemplo, eu não conseguia diminuir a fonte do relógio, e quando eu reduzi a altura da barra de tarefas do KDE, o relógio simplesmente ficou cortado no meio. Eu também não consegui criar atalhos na barra de “Quick Launch”, o que me incomodou bastante.

Um último detalhe que eu me lembro é que tanto o Dolphin como o Konqueror estavam com problemas para guardar as preferências de gerenciamento de arquivos. Eu gosto de deixar o modo de visualização de arquivos e pastas como “Lista Detalhada” e sempre ordeno a lista por tipo de arquivo. Por algum motivo que eu não cheguei a descobrir, eles não estavam salvando corretamente esta minha escolha e sempre que eu abria uma nova pasta, a exibição voltava para o formato “Ícones”, com alguma ordenação qualquer.

Depois de pouco mais de uma hora me irritando com estas limitações do KDE 4, resolvi instalar a versão do Kubuntu com o KDE 3 (3.5.9 especificamente). Esta versão já é bem melhor, totalmente estável e personalizável. Não tive absolutamente problema algum e tudo funcionou corretamente e de forma fácil, como já me acostumei em relação ao Kubuntu.

Eu recentemente usei em casa o Mepis e o PcLinuxOS, mas a verdade é que a melhor distribuição com KDE é o Kubuntu. No meu notebook eu ainda estou com o Mepis, e gosto bastante da distro. Não pretendo trocar não. Entretanto, a distribuição que mais recomendo é mesmo o Kubuntu e esta versão 8.04 está rodando redondinha aqui em casa.

Quanto ao KDE 4, embora ele seja bastante promissor, ele ainda não está adequado para a maioria dos usuários. Eu gosto bem mais do KDE do que do Gnome, e estou certo de que em breve o KDE 4 será a melhor opção disponível. Nos próximos meses, entretanto, recomendo a confiabilidade do KDE 3.5.x.


10 principais barreiras para o sucesso do desktop Linux

março 29, 2008

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Recentemente eu li um artigo muito interessante sobre as principais barreiras que dificultam o sucesso em massa do desktop Linux. Eu já uso Linux em casa desde 2003 e utilizei uma boa variedade de distribuições. Já usei distribuições baseadas em Debian, outras derivadas do Red Hat. Algumas utilizavam Gnome, outras KDE (meu preferido).

Entre as distribuições que me lembro que já usei estão (em ordem mais ou menos cronológica): Conectiva, Red Hat, Knoppix, Mandrake/Mandriva, Suse, Ubuntu/Kubuntu, Mepis e Pc LinuxOS. De uma maneira geral a minha distribuição preferida é o Kubuntu, pois faço questão do KDE e de uma maneira geral o Ubuntu/Kubuntu é a distribuição melhor suportada para a maioria das coisas que você for usar. Após esta experiência em variadas distribuições, pude conhecer o suficiente sobre Linux para saber me virar bem em qualquer versão que eu tenha que usar.

Recentemente a Globo.com migrou os desktops dos desenvolvedores para Linux. Eu já estou usando Linux no trabalho há quase 1 ano, mas as pessoas em geral receberam seus desktops novos com Linux no começo desse ano. Grande parte das pessoas ainda não havia usado Linux como desktop, conhecendo apenas algumas coisas de linha de comando pela experiência de acessar nossos servidores. Com isso, tenho tentado ajudar da melhor forma possível para que a transição deles seja suave. Eu gosto muito de Linux e quero que sua adoção cresça e que as pessoas em geral tenham uma boa experiência de uso.

Apesar de gostar bastante e utilizá-lo quase em tempo integral, não sou do tipo fanático que só vê vantagens. Há algumas coisas que incomodam razoavelmente se você não souber contorná-las, e um novo usuário freqüentemente encontra dificuldades com isso. Como este artigo que mencionei aborda de forma bem interessante estas barreiras comuns, listarei-as aqui e deixarei meus comentários.

1 – Consistência e percepção: com a enorme variedade de distribuições disponíveis, os usuários têm uma enorme liberdade de escolha. Entretanto, isso também traz a característica de que as coisas mudam muito de uma distribuição para a outra. Se você sabe como usar ou configurar alguma coisa em uma determinada distribuição, isto não garante que você conseguirá fazer a mesma coisa em outra distro. A facilidade de uso de uma distribuição para a outra varia bastante. Isto sem dúvida dificulta que um usuário experiente ajude um iniciante, caso a distribuição seja diferente. Como o Windows é uma coisa só, a interface e as configurações não mudam quase nada de um usuário pro outro. Isso facilitou muito a adoção em massa, e usuários novos conseguem rapidamente aprender com usuários experientes. Embora isto possa incomodar os puristas, eu acho que o Linux teria bem mais chances de sucesso se em vez de centenas de distribuições, tivéssemos umas 3 ou 4 no máximo, e os esforços ficassem concentrados nestas.

2 – Fraco suporte a dispositivos móveis: com pouquíssimas exceções, sincronizar dispositivos móveis no Linux é pauleira. Enquanto isto não for tão simples quanto usar um pen drive, esta barreira complicará muito o uso do Linux por usuários comuns. Eu sei que sincronizar um celular ou PDA é bem mais difícil de implementar do que acessar um pen drive, mas o usuário final não quer saber disso quando escolhe um sistema operacional para usar.

3 – Encontrar software compatíveis ao mudar de SO é difícil: é claro que existe muito mais software para Windows do que para Linux. A maioria dos softwares possui equivalentes no Linux, mas a qualidade destes substitutos varia muito. Usuário não-técnicos vão relutar muito em trocar o Office pelo Open Office. Apesar de eu conseguir usar tranqüilamente o Open Office em geral, os formatos amplamente aceitos ainda são os da Microsoft. Tentar usar o Open Office para modificar arquivos do Word ou Excel pode trazer muitas dores de cabeça, especialmente se você precisar salvar no formato Office original. Existe o Crossover Office que suporta muito bem o Office no Linux, mas ele não é gratuito e pouca gente conhece. Ainda temos muito que avançar nesta área.

4 – Problemas com wireless: é vastamente sabido que utilizar dispositivos wireless em geral no Linux é muito complicado ainda, e dependendo do seu hardware e distribuição, isto pode ser muito tranqüilo ou um pesadelo. Os procedimentos de contorno disso variam muito de uma distribuição para a outra, e um usuário comum dificilmente vai saber se virar com isso. Probleminha complicado também.

5 – Listas de compatibilidade de hardware: alguns fabricantes principais de hardware já suportam muito bem o Linux e isto vem melhorando rapidamente. Para a grande maioria dos componentes já é possível usar tudo perfeitamente no Linux, mas caso você tenha algum modelo não muito comum, pode ter problemas. Além disso, é difícil saber previamente se tudo vai funcionar antes de você tentar. Os CDs bootáveis ajudam muito nisso, permitindo que você teste previamente seu hardware antes de instalar em disco. Este problema eu acredito que muito em breve deixará de ser considerado.

6 – Necessidade de compilar novos módulos de drivers: caso você precise instalar um novo driver no Windows, basicamente você usa um instalador com Next -> Next -> Next. No Linux, você pode precisar compilar o driver, e isto é bem enjoado. Eu lembro que quando comecei a usar Linux em casa, algumas distribuições não vinham nem com módulo de USB ativo. Eu já tive que compilar e configurar módulo de USB para conseguir usar pen drives e câmeras digitais. Isto é muito chato, mas felizmente hoje em dia acontece muito pouco. Exceto em casos muito específicos você nunca precisará mais fazer isso, e acho que já podemos deixar esse problema em segundo plano.

7 – Sério interesse comercial: boa parte das empresas não-técnicas ainda não se importam muito com Linux. Com isso, ainda é freqüente termos que nos virar para conseguirmos reproduzir formatos proprietários de música, vídeo e outras coisas. As empresas em si não disponibilizam codecs pra Linux na maioria dos casos. Eles são desenvolvidos de forma open source, e em alguns casos o suporte ainda é ruim. Acho que daqui a uns 2 ou 3 anos já teremos uma parcela suficiente de usuários não-Windows para que esta postura mude. Enquanto o Windows tem mais de 90% do mercado, financeiramente não é tão fácil convencer diretorias de empresas a investir em outros sistemas operacionais. Se conseguirmos ter algo entre 15 e 20% dos usuários com Linux e Mac, a coisa já muda um pouco de figura, e o suporte melhorará.

8 – Software prontamente disponível: os usuários de Windows estão acostumados a encontrar os softwares para instalar na internet, baixar o instalador e Next -> Next -> Next. No Linux isto é diferente, como já falei previamente. As pessoas estranham inicialmente o conceito de repositórios de pacotes, mas isso na verdade facilita bastante os usuários depois que eles aprendem isso. Este problema será reduzido à medida que mais empresas comecem a adotar Linux. Usuários iniciantes serão capazes de aprender isso rapidamente com usuários experientes, e daqui a algum tempo esta diferença já deve ser vista até como um ponto forte do Linux.

9 – Workarounds vs. correções de bugs: as distribuições variam muito em termos de agilidade de uma para a outra. Algumas oferecem o que há de mais recente em termos de software para os usuários, mas isto os expõe também a mais bugs. Como estas distribuições são mais populares, rapidamente surgem formas conhecidas de contornar os problemas, antes de saírem as correções dos bugs. Outras distribuições (como Debian e Slackware) colocam apenas versões altamente testadas e maduras em seus lançamentos. Os usuários ficam com software defasado, mas muito mais estável. Devido a este fato, algumas distribuições são muito mais usadas em desktops, e outras muito mais comuns em servidores. O kernel do linux e seus princiais módulos são muito, muito estáveis e confiáveis. Já os software gráficos e de uso por usuários finais têm qualidade bem inferior. Temos aplicações de alta qualidade (como as que fazem parte das suites do KDE e Gnome), mas também temos softwares cheios de bugs que podem prejudicar a usabilidade. Ao longo do tempo a qualidade vai melhorando, e para a maioria dos softwares usados por pessoas comuns os bugs são poucos.

10 – Evangelistas e puristas: algumas pessoas têm uma visão pragmática e realista quanto ao Linux, e enxergam claramente suas qualidades, mas também as falhas. Outras simplesmente acham que é a melhor coisa do mundo para todos, sem analisar as dificuldades que pessoas comuns enfrentam. Precisamos ter uma postura madura em relação a software. Não podemos “nos apaixonar cegamente” por nada. Se enxergamos os pontos onde o Linux precisa melhorar e discutirmos eles abertamente, será muito mais fácil progredir. Entrar em flame wars de Linux x Windows é perda de tempo e energia. Cada um tem suas vantagens, e as pessoas podem ter opiniões e gostos diferentes. É ótimo que existam os 2, pois a concorrência ajuda a elevar o nível geral dos sistemas.

Torço muito para que o Linux continue evoluindo bastante e que em breve tenhamos cada vez mais facilidade para usá-lo. Posso dizer que desde 2003 quando comecei a usar, ele já melhorou e muito. Não dá nem pra comparar a situação atual com a de 2003. Estamos num patamar muito superior.

O mesmo eu não posso dizer do Windows. Em 2003 o Windows XP já estava amplamente disponível e as pessoas já o conheciam bem. Eu gosto bastante do Windows XP, ele é um ótimo sistema operacional. Já a sua “evolução”, o Windows Vista, pra mim é uma porcaria. Eu não consigo usá-lo. É muito mais pesado que o Windows XP e não me trouxe nenhuma vantagem. Eu já instalei ele em casa e ele veio no meu notebook, mas eu já voltei para o Windows XP em todas as máquinas que tiveram o Vista. Por mim eu simplesmente pulo a atualização pro Vista e espero por uma nova versão do Windows que venha depois. Muita gente compartilha desta opinião, então a Microsoft precisa trabalhar bastante.

Com o crescimento da adoção de open source, acho que aos poucos o Windows terá seu domínio reduzido, embora ainda deva continuar dominando por muitos anos. Acho que o Linux está bem encaminhado e evoluindo bastante na comparação com o Windows. Vamos torcer para que ambos evoluam bastante ao longo do tempo, pois assim todos nós ganhamos. E chega de flame wars, por favor 🙂


Equivalentes aos comandos ps e kill no Windows

janeiro 26, 2008

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Hoje de manhã eu estava trabalhando num projeto freela aqui em casa, infelizmente no Windows porque preciso usar o SQL Server.Meu amigo que está trabalhando comigo nesse projeto está com o Windows meio virótico, e o Task Manager dele não está exibindo a lista de processos, mostra apenas a lista de programas. Ele estava tentando matar uma aplicação travada na máquina dele, mas sem ver a lista de processos no Task Manager ele não estava conseguindo. Via apenas o nome da aplicação e o status “Não está respondendo”.

Para poder ajudá-lo, descobri como listar e matar processos no console no Windows, o que eu nunca tinha feito antes.
No Linux estamos acostumados a chamar ps <opcoes> e então kill ou kill -9 <numero_processo>. Os equivalentes disso no Windows são: qprocess (lista os processos) e tskill <numero_processo>.
Pronto, caso uma aplicação trave no Windows e seu Task Manager fique bichado como o dele, vc já tem a dica alternativa 😉


Mylyn Trac Connector: accessing web task editor on Linux

janeiro 13, 2008

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My friend Bairos provides me a Subversion repository and a Trac server, and I use both for personal projects.In my job, our issue tracker is JIRA, and I’m using it with Mylyn for several months. However, just recently i started using Mylyn with Trac, in a project I’m developing at home. The Trac server I’m using doesn’t have the XmlRpc plugin, so I’m not able to use Mylyn’s rich task editor with this server, and I faced some problems using the web task editor inside Eclipse on Linux.

Every time i tried to open the task editor, i was getting the following error message: “Could not create Browser page: XPCOM error -2147221164”. I’m not going to detail my analysis of this error, but I was able to fix it installing the packages xulrunner and xulrunner-gnome-support (I’m not sure if both are needed, though).

From my google searches, I could see that this error happens with a lot of applications on Linux, so probably several people using the Trac Connector with the web task editor on Linux faced the same problem. I hope this tip can help.

Just for the records, my environment here is: MEPIS Linux 7.0, Eclipse 3.3.1 with WTP, JDK 1.6.0_03 32 bits, Mylyn 2.2 and Trac 0.10.4


Problema de acesso ao Subversion resolvido

janeiro 13, 2008

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Eu estava com um problema bem chato aqui no meu notebook. Eu utilizo em projetos pessoais o servidor Subversion do Bairos, e eu não estava conseguindo conectar lá a partir do note. Nas primeiras vezes em que isto ocorreu, era um fim de semana e eu achei que o servidor dele estava fora do ar, pois as tentativas de conexão estavam dando timeout.Após verificar com ele que o servidor estava ligado direto, cheguei a pensar que meu plugin do SVN no Eclipse (Subclipse) estava com algum problema. Tentei reinstalar o plugin e fiz até testes com o Subversive também. Nada funcionava. Eu estava achando muito estranho, pois do trabalho eu estava conseguindo acessar o servidor normalmente, com as mesmas configurações do plugin.

Hoje por sorte eu instalei o Limewire aqui no note, e apareceu uma mensagem dizendo que o software havia detectado um firewall na minha rede. Pronto, desconfiei na hora que este era o problema do meu acesso ao servidor. Como estou usando o MEPIS no note em vez do habitual Kubuntu, logo imaginei que as configurações padrão do firewall são diferentes entre as 2 distribuições.

O MEPIS oferece um software chamado Guarddog para gerenciar as regras do iptables, e acessando o mesmo eu pude ver que o tráfego TCP pela porta 81 (utilizada pelo servidor SVN do Bairos) não estava liberado. Criei uma nova regra, liberando explicitamente o tráfego TCP pela porta 81 e pronto, imediatamente consegui me conectar ao Subversion 🙂

Segue abaixo a imagem com a interface do Guarddog, que utilizei para definir a minha nova regra do firewall.

guarddog.jpg

Como eu havia falado: nova distribuição, novos aprendizados. Agora já conheço um software bem amigável para gerenciar o iptables 😉


Instalação do Linux no Dell Vostro 1500

janeiro 5, 2008

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Após alguns dias ausente do blog em viagem, estou retornando às publicações. Anteriormente eu havia relatado como foi o processo de instalação do Windows XP no meu notebook, Dell Vostro 1500. Nas estatísticas do blog dá para ver que muita gente chega aqui pesquisando por instalações de sistema operacional no Vostro 1500, então como recentemente instalei também o Linux aqui, achei interessante publicar sobre isto também.A minha primeira tentativa foi instalar o Kubuntu 7.04, que eu uso no trabalho e também o tenho em 2 desktops em casa. Nunca tinha tido absolutamente nenhum problema com esta versão do Kubuntu, e ela é a minha preferida, pois tive alguns problemas com plugins multimídia do Firefox na versão 7.10 e mais um ou outro detalhezinho que considero melhor na 7.04.

Para minha surpresa, não consegui instalar o Kubuntu 7.04 no note. A instalação falhava logo no começo, entrando numa tela de prompt entitulada Busy Box que me mostrava uma mensagem parecida com “cannot access tty” . Não lembro exatamente a mensagem, mas era algo semelhante a isso e não me dava pista alguma do problema que havia ocorrido. Claro que eu pesquisei bastante na internet e encontrei diversas outras pessoas com o mesmo problema, e não encontrei solução para o mesmo.

A única dica que encontrei foi tentar instalar com o CD “Alternate”, em vez do CD normal de instalação. Este CD Alternate realiza a instalação modo texto, em vez da instalação gráfica tradicional. Baixei este CD e tentei realizar a instalação através do mesmo.

Se você tentar instalar sem especificar nada, a instalação chega num ponto em que tenta acessar os repositórios de pacotes com alguns wget, necessitando de conexão ativa à internet. Como minha internet em casa é com Velox e sem modem roteador, eu preciso inicialmente configurar a conexão ao Velox para conseguir acesso à internet. Na instalação gráfica é possível realizar esta configuração antes de começar a instalação de fato, mas na instalação modo texto é executado um fluxo contínuo de operações pelo instalador e você não tem a chance de configurar o acesso à internet. Isto me trouxe o problema de a instalação ficar presa na etapa que precisava de acesso à internet, e a instalação não terminava. Consegui resolver este problema iniciando o instalador com opção de não utilizar DHCP, usando IP estático. Isto fez com que a instalação prosseguisse normalmente após algumas poucas tentativas mal-sucedidas de acessar os repositórios de pacotes.

Após iniciar a instalação em modo texto com esta opção de usar IP estático, aparentemente eu consegui instalar o Kubuntu com sucesso. Entretanto, ao reiniciar a máquina e tentar logar no Kubuntu, fui ver que o login me deixava no modo texto. Eu não conseguia logar no Kubuntu com interface gráfica. Claro que isto me deixou bastante frustrado, e não cheguei a saber o que estava causando isto. Possivelmente alguma configuração equivocada do X Window, ou algo referente ao kdm (kde display manager) , não sei dizer ao certo.

É fato que a versão que eu tentei instalar é meio antiga comparando com o modelo do note, então resolvi tentar instalar alguma outra distribuição que tivesse uma versão bem recente e o KDE como desktop padrão. Dando uma olhada no Distrowatch, vi que uma versão nova do MEPIS havia sido lançada no final de Dezembro, e o MEPIS também é baseado no Debian e oferece o KDE como desktop, da mesma forma que o Kubuntu.

Após voltar de viagem na quarta-feira, instalei na quinta-feira o MEPIS 7.0, lançado no dia 23/12/2007. A instalação foi bastante tranqüila, não tive problema algum e foi bem rápido. Após logar pela primeira vez, tive que personalizar bastante o KDE para os meus gostos, mas nada complicado. Eu ainda estou me acostumando a esta distribuição, e ainda prefiro o Kubuntu. Entretanto, como o MEPIS instalou sem problemas aqui no note, ele está sendo muito bem-vindo e a usabilidade é bem agradável. Provavelmente instalarei o Kubuntu no note quando a versão 8.04 for lançada, pois virá com o tão esperado KDE 4 e tenho certeza de que nesta nova versão do Kubuntu o suporte ao Vostro 1500 vai estar bem melhor.

A instalação do Kubuntu 7.04 no note foi a primeira vez em que não consegui instalar o Linux em alguma máquina. Fique bastante supreso por não conseguir, pois isto é sinal de que a compatibilidade ainda não está tão alta como eu pensava. Entretanto, isto me trouxe a experiência de utilizar mais uma nova distribuição. A primeira vez que instalei o Linux em casa foi em 2003, e de lá para cá, já instalei as seguintes distribuições: Conectiva, Red Hat, Knoppix, Mandrake/Mandriva, Solaris (logo que virou open source), Suse, Ubuntu, Kubuntu e agora o MEPIS. O fato de ter usado este conjunto variado de distribuições me ajudou a conhecer bem os fundamentos do Linux e como as coisas funcionam neste SO. Se você trabalha com tecnologia e nunca saiu dos domínios da Micro$oft, vale muito a pena tentar usar o Linux e aprender mais sobre o mesmo e ver como são as coisas fora do mundinho do Windows 😉


Lançado segundo Release Candidate do KDE 4

dezembro 11, 2007

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Hoje foi lançado o segundo e último release candidate do KDE 4. Estou aguardando ansiosamente o lançamento da versão final do mesmo, e acredito que teremos um grande ganho de qualidade no desktop Linux.Depois da decepção que foi para mim o lançamento do Windows Vista, espero e estou certo de que com a nova versão do KDE isto não acontecerá. Eu sempre achei o KDE melhor que o Gnome, e me parece que com o lançamento desta nova versão a diferença irá aumentar. Além disso, como muita gente tem se decepcionado com o Vista como eu e prefere usar o Windows XP, o KDE 4 pode trazer ainda mais competitividade ao Linux na briga pela conquista dos desktops.

Como uso o Kubuntu, provavelmente passarei a usar o KDE 4 na próxima release da distribuição (8.04) , a ser lançada em abril do ano que vem. Maiores detalhes sobre o lançamento do KDE 4 RC2 podem ser vistos aqui.


Formas de instalação de software em Linux

novembro 30, 2007

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Uma das principais diferenças no uso do Linux em relação ao Windows é a maneira de se instalar softwares no primeiro. Como muitas pessoas próximas a mim estão começando a usar Linux, resolvi dedicar um tempo para explicar de forma clara as principais coisas a se saber sobre isto no mesmo.No Windows todos estão acostumados ao famosíssimo Install Shield, que após a tradicional seqüência de Next -> Next -> Next deixa as aplicações prontas para utilização. No Linux, embora até exista o Install Anywhere (http://www.macrovision.com/products/installation/installanywhere.htm?link_id=rightnav), irmão do Install Shield, ele definitivamente não é muito popular, e portanto não entrarei em maiores detalhes sobre o mesmo.

Começarei então a falar sobre as formas clássicas de instalação de software no Linux.

Old School/Advanced

Esta forma era a mais comum inicialmente, e ainda é utilizada por algumas pessoas, principalmente quando se deseja instalar o software de forma otimizada para o hardware específico no qual ele irá rodar. Esta forma consiste em obter o código fonte da aplicação e executar os 3 passos mágicos:
./configure
make
make install

Isto respectivamente irá gerar um makefile para a aplicação, realizar o processo de construção(build) da aplicação e realizar os passos necessários para a efetiva instalação do software. Este processo otimiza a instalação da aplicação para o hardware específico da máquina, pois o compilador consegue identificar as propriedades do hardware e efetuar algumas otimizações baseadas na arquitetura do mesmo. Instalar desta forma é recomendado quando você quer otimizar a execução de uma aplicação ou serviço específico, como um servidor de banco de dados ou o Apache por exemplo. Conheço um cara da Globo(um tal de Coró… hehehehe) que usa a distribuição Gentoo, que instala TODOS os softwares compilando e construindo as aplicações de forma otimizada. Isso é purismo demais para mim, prefiro formas mais fáceis 🙂

Arquivo shell auto-suficiente

Uma outra forma de instalar softwares no Linux é com o uso de um instalador em formato shell (.sh). Tipicamente este arquivo conterá nele mesmo tudo o que ele precisa para instalar a aplicação. Uma execução simples do arquivo normalmente instala o programa perguntando algumas informações como local de instalação e uma ou outra opção de configuração. Entretanto, não é raro encontrar instaladores que ao serem executados fazem tudo sozinhos (a não ser que você mande-o fazer diferente) e instalam o software com opções padrão. Esta forma de instalação é quase sempre oferecida por aplicações que suportem múltiplos formatos de instalação, pois esta forma atende a qualquer versão de Linux.

Instalação através de gerenciadores de pacotes (package managers)

Esta é sem dúvida a forma mais fácil e recomendada de instalar a grande maioria dos softwares no Linux. Uma das coisas mais importantes que um novo usuário Linux deve aprender é como funciona o gerenciamento de pacotes. Existem 2 formatos principais de pacotes, os rpms e os debs (arquivos .rpm e .deb). A maioria das distribuições escolhe um destes 2 formatos para adotar como padrão, e acredito que a adoção de ambos seja parecida, sem haver um predominante.

O gerenciamento de pacotes no Linux armazena uma lista de fontes de pacotes. Esta lista contém repositórios de pacotes no quais poderão ser obtidos os instaladores das aplicações já no formato que a sua distribuição específica adotar como padrão. As distribuições derivadas do Debian (como Ubuntu e Kubuntu) guardam a lista de repositórios de pacotes no arquivo /etc/apt/sources.list. Não sei dizer onde ficam guardadas as listas de repositórios de rpm nas distribuições que utilizam este formato como padrão, mas geralmente as distribuições oferecem uma interface gráfica para gerenciamento destas listas de repositórios, então não é nada muito complicado de se acessar.

Para conseguir instalar uma determinada aplicação através do gerenciador de pacotes, você precisa basicamente saber se o pacote que você deseja instalar está contido nos repositórios cadastrados e então solicitar a instalação do pacote específico. Como exemplo, o comando que solicita a instalação do firefox no Kubuntu/Ubuntu é “sudo apt-get install firefox”. Caso o pacote do firefox por acaso não estivesse presente em nenhum dos repositórios cadastrados, seria exibida uma mensagem de falha na instalação com a descrição “no installation candidate for firefox”.

Além de instalar através dos repositórios cadastrados é possível instalar pacotes obtidos individualmente também. Você pode ter obtido diretamente o arquivo .deb ou .rpm da aplicação que deseja instalar, e aí você pode instalar diretamente a partir deste pacote obtido, em vez de baixar arquivos do gerenciador de pacotes. Para instalar diretamente um pacote .deb, você faz dpkg –install nome_pacote.deb. Para instalar diretamente um pacote .rpm você faz rpm –install nome_pacote.rpm.

Instalando as aplicações através do gerenciador de pacotes, você consegue remover e atualizar as aplicações pelo gerenciador, e então as instalações ficam sob controle centralizado e a manutenção do sistema fica mais fácil e padronizada.

Embora saiba que não ofereci nem de longe uma referência completa deste amplo tema, espero ter sido capaz de esclarecer um pouco do processo de instalação de softwares no Linux para usuários novos. Caso eu tenha deixado algum ponto mal explicado ou vocês desejem trocar alguma idéia a respeito disso, não hesitem em entrar em contato!


Distrowatch

novembro 28, 2007

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Para quem ainda não conhece, aqui vai a dica de um site muito legal sobre Linux. O Distrowatch é um site que agrega informações sobre inúmeras distribuições Linux, incluindo todas as mais populares até algumas totalmente desconhecidas.Para os interessados em conhecer mais sobre Linux e suas principais distribuições, este site é um bom ponto de partida. Ele possui uma página para cada distribuição, informando o ambiente gráfico, notícias de lançamento de versões, análises da distribuição que tenham sido publicadas, screenshots, versões dos diferentes softwares, e muito mais coisa.

Eu já uso Linux em casa desde 2003, e já instalei uma boa quantidade de distribuições. Já há cerca de 1 ano eu uso o Kubuntu (gosto muito mais do KDE do que do Gnome), mas já usei Conectiva, Red Hat, Knoppix, Mandrake, Suse e instalei até o Solaris 10 (mas este só durou um dia, impossível usar aquele Java Desktop System pesadíssimo).

As preferências por distribuições variam muito de uma pessoa pra outra, mas atualmente eu recomendo utilizar ou o Kubuntu ou o Ubuntu. A diferença entre os 2 é que o primeiro usa o KDE e o segundo usa o Gnome como interface gráfica. Eu particularmente prefiro muito o KDE, mas várias pessoas gostam do Gnome também.

Quem estiver interessado em começar a usar e quiser umas dicas, estamos aí pra ajudar!


Instalação e configuração do DbVisualizer no Linux

novembro 23, 2007

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Com a crescente adoção do uso de Linux, algumas pessoas têm me perguntado qual software de acesso a banco de dados eu uso no Linux. Eu utilizo um software que já conheço desde os meus tempos de desenvolvimento para PDAs, quando o DbVisualizer era a única forma conhecida de se acessar as bases de dados dos dispositivos móveis.O software pode ser baixado a partir daqui, após preenchimento de um pequeno cadastro. Para que usa distribuições baseadas em pacotes rpm, a opção do download do rpm é mais conveniente, e a instalação pode ser feita com o comando rpm –install nome_arquivo_dbvis.rpm. Para Linux em geral, pode ser utilizado o instalador em formato .sh

Baixando o instalador .sh, basta copiar o arquivo para um diretório qualquer de sua preferência e executá-lo como ./dbvis_linux_6_0_2.sh para iniciar o processo de instalação.

Caso o instalador não se inicie normalmente, verifique se o arquivo .sh está com permissão de execução (caso não esteja, faça chmod a+x dbvis_linux_6_0_2.sh) e se você possui o Java no PATH do seu usuário. Para verificar se você possui o Java e a versão do mesmo, use o comando: java -version. O recomendado é ter uma versão de Java da Sun e que seja a partir do 1.5. Muitas distribuições Linux instalam uma versão do Java da GNU, mas não gosto e não recomendo esta versão. Coloque o diretório do Java da Sun no começo do PATH do usuário (se alguém não souber como, eu explico posteriormente).

O processo de instalação em si é bastante simples. Você precisa apenas aceitar os termos de uso do software e escolher o diretório de instalação. No resto, aceite as opções padrão apresentadas e Next -> Next -> Next 🙂 O processo de instalação cria um atalho no Desktop.

Com a aplicação instalada, vou mostrar agora como configurar a aplicação para conseguir acessar o Oracle. O driver jdbc do Oracle não vem incluído na instalação do DbVisualizer. Para conectar ao Oracle é necessário carregar o driver. Para isto, entre na opção Tools -> Driver Manager, conforme abaixo:

Carregar driver jdbc

Nesta tela que abrir, selecione no menu esquerdo a opção Oracle Thin e então na janela que se abrirá, você terá que selecionar o jar do driver jdbc do Oracle (ojdbc14.jar ou classes12.jar), conforme abaixo:

Escolher jar do driver jdbc

Se o jar foi corretamente carregado, a opção do Oracle Thin aparecerá verde. Tendo feito isso é hora de criar a conexão. Vá para a tela principal da aplicação, e no menu esquerdo, clique com o botão direito na opção Connections e então escolha Create Database Connection. Escolha por não usar o wizard, e você chegará na tela a seguir:

Nova conexão

Preencha os campos da seguinte forma:

  • Alias: nome que você quer dar à conexão
  • Database Type: Oracle
  • Driver (JDBC): Oracle Thin
  • Database URL: url jdbc de acesso, conforme será explicado abaixo.
  • Userid: usuário de banco
  • Password: senha do usuário

A URL jdbc varia de um servidor para o outro. No caso do Oracle, o formato é conforme publicado neste outro post. Como referência para o Oracle, se você tiver acesso a um tnsnames que acesse o servidor que você precisa, no tnsnames o formato da declaração é: nome_alias = string_conexao

Para criar uma URL jdbc do Oracle a partir de uma conexão declarada no tnsnames, você deve fazer jdbc:oracle:thin:@string_conexao

Pronto, após preencher este formulário de configuração, você está pronto para conectar-se ao Oracle! Caso alguma coisa não tenha ficado clara, por favor me indiquem para eu explicar melhor